O Bradesco pagou R$ 700 milhões para ficar com a folha de pagamentos do Estado de Pernambuco, que tem 218,5 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas. O contrato tem prazo de cinco anos e foi disputado por outros bancos, como o Santander. O lance mínimo estipulado pelo governo local foi de R$ 610 milhões. Por mês, o folha estadual gira R$ 500 milhões. "A região Nordeste nos interessa muito, pois está crescendo muito e atraindo investimentos", disse o diretor executivo do Bradesco, Ademir Cassiello. O banco começa a prestar os serviços para os funcionários pernambucanos em fevereiro, quando acaba o contrato atual. Desde 2005 quem cuida da folha de pagamentos é o Banco Real, que herdou a tarefa ao comprar o Banco do Estado de Pernambuco (Bandepe).
Cassiello diz que, além da economia aquecida da região, outro fator fundamental para fazer o banco disputar a licitação foi a estabilidade de contratos que o Estado de Pernambuco mostra. "Isso é fundamental para fazer um investimento desse tipo". O banco teve problemas na região, ao levar a folha de pagamento do Maranhão em 2007. O Bradesco, que comprou o Banco do Estado do Maranhão (BEM), tinha o contrato dos servidores locais que venceria em dezembro de 2010.
Mas o governo maranhense resolveu dar a folha para o Banco do Brasil. O Bradesco entrou na Justiça contra a "ruptura unilateral e antecipada" do contrato e o problema não foi resolvido até hoje, diz o executivo. O contrato com o governo de Pernambuco permite ao banco oferecer serviços bancários, crédito, cartões e seguros para os servidores de Pernambuco. Segundo Cassiello, não há relação de exclusividade para esses serviços. "Vamos oferecer taxas competitivas e o servidor decide." Além de comprar o BEM, O Bradesco já comprou o Banco do Estado do Ceará e mais quatro bancos na Bahia.
FONTE: Diário do Nordeste
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