´Diretamente dos estúdios da rádio forroboxote, com suas ondas médias e curtas fincadas no terreiro bem no meio do Sertão, passamos a apresentar Cantigas do bem querer, o seu cancioneiro popular da música nordestina`. A voz é de Xico Bizerra, numa apresentação poética do nono volume da série Forroboxote, intitulada Candeeiros e neons. O compositor (de poesias e melodias) Xico Bizerra não sabe cantar, mas nem por isso deixou de fincar sua marca como artista no mercado fonográfico da música mais regional pernambucana. Xico compõe ao lado de parceiros e todos os anos coloca nas prateleiras uma mostra da produção forrozeira. O lançamento do álbum acontece hoje, a partir das 19h, na loja Passadisco.
Nesta edição, ele compõe ao lado de parceiros como Maria da Paz (Cores da alegria, com voz de Irah Caldeira), Maciel Melo e Zé Rocha (Pano do dia um, cantada por Maciel), Bráulio Medeiros (Estrada longa, na voz de Elba Ramalho e Cezzinha), André Macambira (Eu e nós, com o próprio André), Fábio Passadisco (Hoje tem forró, cantada por Silvério), além de várias com Carlos Villela (Ciço e Luzia, uma opereta matuta, de Xangai e Bia Marinho; Domingos, cantada por Nena Queiroga, entre outra).
Algumas parcerias são especiais para Xico. Uma ele acredita ser a última música composta pelo eterno e saudoso Quinteto Violado, o músico Toinho Alves, chamada Olinda, Holanda. A canção que fizeram juntos é interpretada pelo próprio Quinteto. A outra é o choro Pise de mansinho, uma parceria póstuma (e grata) com Luiz Gonzaga. Essa veio de um projeto do compositor e produtor baiano Gereba, que lança em abril um disco com choros e valsas de Luiz Gonzaga, letrados por vários compositores e cantadas por nomes como Zeca Baleiro e Caetano Veloso.
Xico fez a letra de Pise de Mansinho, que será cantada por Santanna e Adelmário, no disco de Gereba. No seu CD, ele botou somente Santanna para cantar. Outra especial, e inusitada, do disco Candeeiros é a parceria (desta vez arrisca na voz) com Zé Brown, no Romance do fole com a viola. O projeto Forroboxote, segundo Xico, chegou no seu limite da saturação. Ele conta que, pela própria timidez, não quer mais todos os anos sair atrás dos intérpretes convidando-os para cantar suas parcerias.
Ao mesmo tempo reconhece que, tal qual o projeto Asas da América do compositor Carlos Fernando, ele contribuiu para fomentar a cena do forró, dar vitrine com qualidade de produção (de som e gráfica) a uma série de compositores e cantores do gênero. Mas não quer continuar mais. Talvez vá chegue à décima edição, talvez com um DVD para coroar o fechamento do ciclo. O projeto Forroboxote deu projeção a Xico Bizerra, que passou a compositor de forró dos mais requisitados do país.
´Eu tive muita sorte nesse formato, foi uma marca forte e realmente ajudou. Hoje eu sou muito conhecido. Se eu fosse cantor, fico me perguntando se teria tido a mesma repercussão`, diz. Xico
Serviço
Lançamento do CD Candeeiros e neons, da série Forroboxote, de Xico Bizerra
Quando: hoje, às 19h00
Onde: Passadisco (Shopping Sítio da Trindade)
Informações: 3268-0888
FONTE: diariodepernambuco.com.br
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