Gilberto Gil apresenta show Fé na Festa às 22h, no Ponto de Cem Réis. Às 19h, concerto homenageia obra de Jackson do Pandeiro
Habilidoso melodista, Gilberto Gil se lançou às memórias e tradições nordestinas no reencontro com suas influências de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro desde o início de carreira e as reafirmou com o Tropicalismo, a partir de 1968. O resultado desse trabalho pode ser conferido hoje, às 22h, no palco armado no Ponto de Cem Réis com a turnê do show que gerou o DVD Fé na Festa. Para quem está acostumado com o Gilberto Gil "zen" e as facetas que vai do reggae ao funk dos anos 80, o baiano apresenta canções autorais no melhor estilo para dançar o "bate coxa" e clássicos nodestinos, a exemplo de "Olha pro Céu". Gilberto Gil será acompanhado no show Fé na Festa pelos músicos Jorge Gomes (zabumba), Artur Maia (baixo), Antonio Ferraguti (sanfona), Gustavo de Dalva (percussão), Sérgio Chiavazzoli (guitarra) e o violinista Nicolas Krassik.
 Foto: Gomes/CB/D.A Press |
No show Gil não deve decepcionar com o repertório levando-se em consideração o roteiro do DVD repleto de clássicos : "Óia Eu Aqui de Novo", de Antonio Barros; "Eu Só Quero Um Xodó", de Anastácia e Dominguinhos; "Olha Pro Céu", de Luiz Gonzaga e José Fernandes; "O Xote das Meninas", de Luiz Gonzaga e Zé Dantas; e parcerias entre Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira a exemplo de "Qui Nem Jiló" ,"Juazeiro", "Asa Branca", "Respeita Januário".
Do repertório de Gil se destacam "Lamento Sertanejo", parceria dele com Dominguinhos; "Esperando na Janela", de Targino Gondin, Manuca Almeida e Raimundinho do Acordeon; e as novas composições "Fé na Festa"; "Estrela Azul do Céu"; "Assim, sim" e "O livre-atirador e a Pegadora"
Antes de Gilberto Gil, quem faz a "poeira subir" é o Forró Caçuá com clássicos a exemplo de "Espumas ao Vento", de Acioly Neto; "Proibido Cochilar, de Antônio Barros e Cecéu, dupla que infelizmente ficou de for a da programação da capital; "Feira de Mangaio", de Sivuca e "Vida Boa Aperriada", do repertório de Pinto do Acordeom. A banda é formada pelos irmãos Zé Moreno (guitarra e vocal), Batista Moreno (violão e vocal) e Damião Moreno (sanfona e vocal).
Ciranda e Coco
 Foto: Arquivo/ON/D.A Press |
O espaço da cultura popular será dedicado às apresentações de Maria da Penha, mais conhecida como Penha Cirandeira, natural de Alagoa Grande (PB). Aprendeu a ciranda com o pai, José Francisco, que também era cirandeiro. O primeiro canto que aprendeu com o pai foi 'Poço da Curimã'.
A outra atração da noite é Ciranda dos Tupinambás, do bairro de Mandacaru, comandada pelo mestre Carbureto.
Na noite de véspera de São Pedro as atenções se voltam para o legado deixado por Jackson do Pandeiro com um concerto especial. Á frente do palco, crianças do Coral Vozes da Infância que vão durante cerca de 50 minutos interpretar 12 canções escolhidas do repertório do maior ritmista brasileiro. O concerto será realizado às 19h, no Palco da Cultura Popular, no Ponto de Cem Réis. No concerto constarão as canções Chiclete com Banana, Cantiga do Sapo e Sebastiana, no entanto, a Prefeitura de João Pessoa não divulgou o roteiro da apresentação. A regência é do maestro Elias Moreira.
O maestro Elias Moreira, que tem uma vasta experiência com canto coral, inclusive com atuação nos Estados Unidos, está incluindo elementos de expressão corporal e interpretação no concerto. "Nós escolhemos as músicas de Jackson do Pandeiro para o concerto para homenagear este grande compositor paraibano. Com a dança e a gesticulação as crianças vão poder interpretar melhor as músicas regionais", diz. Na apresentação de hoje vão participar 60 crianças, entre os 80 que integram o coro
Elias Moreira ressalta que não há outro trabalho com coro infantil sendo feito com tanto empenho no setor público brasileiro. O maestro destaca que as crianças aprendem não só a cantar, mas a ler partitura. "É uma oportunidade única para elas, caso queiram ou não seguir a carreira artística", frisa.
O Coral Vozes da Infância é formado por crianças e adolescentes da cidade de João Pessoa. Desde a criação o grupo participou de homenagens e datas importantes na capital como os concertos de Natal e da Páscoa. Lidar com a voz e a música é uma oportunidade que tem entusiasmado as crianças. Tainá França, 15, diz que quer seguir na carreira de cantora devido ao prazer que descobriu no coral. "Eu participo do coral há seis meses e estou gostando tanto que quero seguir carreira como cantora". Já Rayza Brenda, de 13 anos, está há mais tempo no coral e destaca que a cada concerto aprende músicas novas, que ainda não conhecia. "Não falto a nenhum ensaio. Estou mededicando bastante".
FONTE: jornalonorte.com.br
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