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quarta-feira, 16 de maio de 2012

AFOGADOS DA INGAZEIRA: População realiza protesto contra MP






A cidade de Afogados da Ingazeira, a 390 quilômetros do Recife, acordou, ontem, ao som de apitos e buzinas, quando aproximadamente sete mil pessoas tomaram as ruas para protestar contra atitudes tomadas pelo Ministério Público (MP). O protesto tinha como tema “Deixa o povo trabalhar” e percorreu a avenida principal da cidade até o Fórum, onde estão os promotores de justiça do MP.

Depois da interdição de uma casa de shows por falta de estrutura e, ainda, obrigar todas as outras casas a respeitar a Lei Ambiental que regula o volume de sons amplificados, vários eventos tradicionais também tiveram que ser cancelados. Mesmo depois de serem divulgados e terem os ingressos vendidos. O fato causou polêmica em diversos setores da economia da cidade, que estavam envolvidos com os eventos como vendedores de bebidas, produtores, seguranças entre outros. Até a tradicional procissão do mês de maio da igreja católica foi cancelada porque o carro de som que conduziria os fiéis foi interditado.

O protesto começou a ser articulado depois da prisão de um vendedor de CDs piratas, que trafegava em uma moto adaptada com um som automotivo. Além dele, outros carros de som que circulavam na cidade foram proibidos de funcionar. “Eram 36 carros de som e a promotoria reduziu para apenas seis. Por que eles não deixam o povo trabalhar?”, protestou o dono da casa de shows interditada e um dos líderes do movimento, Erikássio. Ele disse que a adequação no prazo estipulado é muito difícil. “Eu sou dono de uma casa de shows com mais de três mil metros quadrados, e é quase impossível me adequar a isso sem prazos. O investimento para fazer a acústica é muito alto e já tive que demitir mais de dez pessoas”, reclama Erikássio.

De acordo com a promotora do MPPE, Ana Clézia, nenhuma medida foi tomada de forma autoritária e todas foram discutidas e explicadas em uma audiência pública. “É uma pena que isso esteja acontecendo. Eu não sou responsável por isso, pois todas as decisões foram tomadas em conjunto e assinadas por ambas as partes. Somos uma equipe de promotores e tudo é discutido da melhor maneira para que a lei seja aplicada sem prejudicar ninguém”, disse.


Com informações da Folha de Pernambuco.



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