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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Almir Rouche para além do frevo - DVD “Evoé, Nabuco” apresenta as influências africanas na música do cantor

 
 
    Divulgação
ALMIR ROUCHE & ELBA RAMALHO


É impossível pensar a sociedade (e, portanto, a cultura) brasileira sem a influência das culturas afro-descendentes. Na mú­sica, os exemplos são abundan­tes, dos batuques do mara­catu à cadência do samba, e aju­dam a definir o próprio concei­to de “música brasileira“.


Mais conhecido por seu trabalho com o frevo, o cantor Almir Rou­che apresenta seu novo tra­balho, o CD e DVD, “Evoé, Na­buco”, no qual ele procura re­verenciar a música negra, as­sim como revisitar sua carrei­ra de quase três décadas. O lançamento, que acontece hoje, na sede do Galo da Madrugada, às 19h, contará com um mini-show do artista.

Por sua atuação no Carnaval pernambucano, Almir Rouche virou quase uma instituição da festividade local. Autor de canções como “Galo, Eu Te Amo”, o cantor recusa, no entanto, ser rotulado, e afirma estar sempre aberto a experimentações musicais. “As pessoas acham que eu só canto frevo, quando não é assim. Eu tenho outras vertentes, como o forró”, conta.

No DVD “Evoé, Nabuco”, é es­se ecleticismo que ele pretende evocar. Gravado em janeiro de 2011, o trabalho comemora os 26 anos de carreira de Rouche, e também presta homenagem ao abolicionista pernambucano Joaquim Nabuco. “Nossa cultura tem uma grande influência da missigenação negra - as batidas fortes, de veia africana, a dança, os instrumentos etc. Também aproveitei para homenagear Nabuco porque é um ícone da luta pelo direito dos negros”, explica o cantor.

Para o projeto, Almir Rouche selecionou canções dos dis­cos “Evoé” 1, 2 e 3, além de adicionar algumas inéditas, como o maracatu “Evoé Nabuco” e “Dunas”. No repertório, cirandas, maracatus e forrós dividem espaço com o frevo característico da obra do cantor e compositor. Para a empreitada, ele se cercou de um time de convidados ecléticos, a exemplo das cantoras Elba Ramalho e Gaby Amarantos e do rapper MV Bill.

“Gosto de explorar coisas no­vas. O MV Bill adora maracatu, e, aliás, o rap tem muita semelhan­ça com o ritmo pernambu­cano. Isso me dá curiosidade para tentar algumas misturas; no futuro, quem sabe eu não misture frevo com rap?”, sugere Rouche. O cantor ainda ressal­ta que seu projeto artístico é pau­tado pela cooperação, tanto que, em “Evoé, Nabuco”, ele divi­de o palco com 11 artistas do Es­tado. “Pernambuco é uma ilha musical, e, para mim, essa ilha tem que ter muitas pontes”,  afirma.


Serviço

Lançamento do DVD “Evoé Nabuco”, de Almir Rouche
Hoje, às 19h
Sede do Galo da Madrugada
Ingressos: R$ 20
Informações:  3224-0204


FONTE: folhape.com.br

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