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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

CARUARU: Bairro Universitário chama atenção pelo nome das suas ruas




Quem não gostaria de morar em Paris? Ou Suíça? Quem sabe Londres, Portugal ou Dinamarca? Imagine então pular entre os destinos europeus como se atravessam ruas. Pois esta é a realidade dos moradores do bairro Universitário, em Caruaru. As ruas e avenidas locais têm a curiosa disposição em homenagem a cidades ou países do Velho Mundo. E, para quem quiser ir morar no bairro “internacional”, ainda há terrenos disponíveis a exemplo da área da esquina entre Paris e Suíça.

Até mesmo a população brinca com os nomes “Vips” das ruas e avenidas do bairro. E as comparações com os destinos internacionais são inevitáveis. “Não é nada semelhante a Paris. Mas é um local bom de morar, tranquilo e seguro”, brincou Marcos Vinicius, 20 anos, morador do local. E, no mesmo clima, encontramos a psicopedagoga Nadja Farias, 40. Vestida para o frio “caruaruense-europeu”, a mulher contou que, desde a sua infância, os nomes chamavam atenção. “Sempre me perguntava porque esses nomes se estamos no Interior de Pernambuco. Já me questionei porque não usaram nomes ligados à origem da nossa cidade ou outros mais simples da nossa origem nordestina”, comentou.

Passando pela rua Dinamarca, encontramos o carroceiro Severino Feitosa, 64. Pouco atento, o idoso disse nunca ter ligado para o nome da rua e mostrou-se desinformado, inclusive, sobre o que seria a Dinamarca. “Nem sei onde é, nem onde fica isso. É um país? É cada uma!”, ressalvou, sorrindo. E quem acabou explicando foi Antonio Sebastião, um outro idoso. “Aqui é tudo assim, uma viagem pelos nomes do estrangeiro. Acho até normal. Quem sabe lá eles também não têm uma rua ou avenida com o nome de alguma coisa da gente”, argumentou.

O diretor adjunto do setor de Cadastro Imobiliário de Caruaru, Livonaldo Otaviano, explicou que a origem dos nomes de ruas e avenidas do bairro Universitário é antiga - tem mais de 50 anos - e está ligada a uma escolha do loteador da área. “Na maioria das vezes é o loteador que já denomina. Temos outro loteamento que terá apenas nomes de pedras preciosas, por exemplo,”, comentou. Otaviano explicou, ainda, que para um logradouro ganhar nome é necessária aprovação do Legislativo. A mudança de nome também requer aprovação da Câmara e pode ser requerida pela população.  Atualmente, Caruaru tem 5.882 logradouros cadastrados.


Com informações da Folha de Pernambuco.

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