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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Salgueiro registra morte por H1N1




Pernambuco registrou, no mês de junho, a primeira morte pela Influenza H1N1 - Gripe A este ano. A vítima foi uma mulher de 42 anos, que tinha Síndrome de Down, e morava na cidade de Salgueiro, no Sertão. Como tinha histórico de baixa imunidade, a mulher teve complicações com a doença. A mãe da vítima, uma idosa de 76 anos, também teve a gripe suína, mas ficou curada.

Esses foram os dois casos da doença confirmados pela secretaria de Saúde do Estado em 2012, no entanto o órgão não revelou os nomes das vítimas. As notificações da Influenza, de janeiro até o dia 27 de julho, chegaram a 11 em Pernambuco. Em 2011, foram apenas seis notificações e um óbito registrado.

Segundo o diretor de Vigilância em Saúde de Salgueiro, Luciano Nascimento, não há motivo para que a população se assuste. “Não há preocupação porque todas as medidas de bloqueio foram tomadas e, depois dos casos, ninguém na cidade apresentou os sintomas da H1N1”, frisou.

A principal suspeita é que mãe e filha tenham contraído o vírus durante uma viagem. Em maio, as duas viajaram para a cidade de Palmeira dos Índios, em Alagoas. Quando retornaram ao Estado, a mulher de 42 anos apresentou os primeiros sintomas como febre, dores pelo corpo e cansaço respiratório. Ela foi internada em um hospital de Salgueiro e exames confirma­ram o vírus H1N1. A mulher faleceu pouco mais de 24 horas após o diagnóstico. O sepultamento foi no dia 1° de julho, mesmo dia em que a mãe da vítima começou a apresentar os sintomas da doença. A idosa, porém, já vinha sendo monitorada, assim como outras pessoas que tiveram contato com as duas.

Nascimento destacou ainda que a campanha vacinal contra o vírus este ano bateu as metas do Ministério da Saúde e assegurou que a população está protegida. “A cobertura de crianças de 6 meses a menos de 2 anos foi de 91,2%, a de gestantes foi de 81,2%, idosos 83,4% e de trabalhadores da saúde 152,3%”, disse.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Doenças Imuno-previníveis, Ana Antunes, explicou que o vírus da Gripe A começou a circular pelo País desde 2009, quando houve uma epidemia. Hoje, depois do contato, as pessoas ficaram autoimunes e outras se protegeram com a vacina, por isso uma epidemia como a de três anos está praticamente descartada. “Essa cepa (modificação genética da gripe) não é mais pandêmica. Já foi criada uma barreira”, destacou. Ana comentou ainda que o Estado deve ter outros casos da doença, já que ainda ocorre muito a subnotificação, seja pela não notificação, seja porque o paciente não procura atendimento. Mesmo assim, a especialista garantiu que o aumento dos casos no Sul do País não deve se refletir no Estado. “O que acontece lá, não deve acontecer aqui, muito por conta de questões climáticas”, justificou.


Com informações da Folha de Pernambuco.

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