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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

CARUARU: Inauguração de terminal provoca insatisfação





Pouco mais de dois meses desde sua inauguração, o Terminal de Transporte Alternativo em Caruaru, gera insatisfação por parte de loteiros e passageiros. A principal queixa é que, com a implantação do terminal, que foi criado para ordenar o trânsito e o serviço de lotação, ficou proibido o embarque de passageiros em qualquer via fora da central. A ideia não caiu no gosto dos passageiros que têm reclamado da distância que precisam percorrer. “Venho aqui todas as semanas fazer compras para a minha loja, fico cheia de sacolas. Antes, podia pegar a lotação sem precisar andar tanto. Agora, ficou mais difícil, tenho que pegar táxi para chegar no terminal e só assim pegar a lotação”, explicou Maria Aparecida Lemos, moradora de Lajedo.

Para não ficar no prejuízo, alguns loteiros estão preferindo a clandestinidade. “Não é difícil ver colegas nossos correndo o risco de serem multados para não ter que ficar sem fazer as corridas. Mesmo sem poder, eles fazem o embarque em qualquer lugar. Fazendo isso, ele só vai prejudicar a todos nós, porque assim o passageiro nunca vai ser acostumar com a existência do terminal”, salientou o loteiro de Quipapá, José Soares da Silva, de 62 anos, que há mais de 28 anos trabalha com transporte alternativo.

Outro fator que tem aumentado a prática clandestina é a deficiência de fiscalização. Segundo informações repassadas pela Destra, atualmente, cinco motos fazem a fiscalização de mais de 1,6 mil veículos cadastrados. “É difícil ter controle do embarque de todos esse veículos, mas vai da consciência de cada um. Se algum agente da Destra flagra a ação ilegal, o motorista é multado e corre o risco de perder o cadastro no município que autoriza sua circulação”, informou o secretário executivo da Destra, coronel Bosco Alencar. Um projeto de lei municipal está sendo elaborado pelo órgão e prevê uma multa de 1,5 mil por embarque em local não permitido.

Mas não são todos que recorrem aos métodos irregulares, ainda há àqueles que preferem se adaptar a situação. Para atrair os passageiros que circulam pelo centro, uma nova categoria de “funcionário” foi criada: o abelha. “Abelha é o rapaz que fica no centro chamando os passageiros e trazendo para o terminal. Para evitar as reclamações da distância e do peso das compras, ele próprio traz. Os motoristas se juntam e pagam pelo serviço”, descreveu o líder dos loteiros que faz a linha Caruaru/São Caetano, Diego da Silva.
 

Com informações da Folha de Pernambuco.

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