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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

FESTIVAL DE CINEMA DE TRIUNFO 2012: "Carta de Triunfo" relata importância do festival




Hernani Heffner e Geraldo Moraes durante leitura da 'Carta de Triunfo' (Foto: Costa Neto)
No último sábado (11/8), durante a solenidade de encerramento do 5º Festival de Cinema de Triunfo, Hernani Heffner, conservador-chefe da Cinemateca do MAM Rio, e Geraldo Moraes, presidente da Coalização Brasileira pela Diversidade Cultural, subiram ao palco para provocar uma reflexão, junto ao público que lotava o Cine Teatro Guarany, a trajetória do cinema no País. Como forma de compilar as discussões tidas durante o festival, e os compromissos assumidos em nome do desenvolvimento e da preservação do audiovisual, Heffner e Geraldo Moraes relataram um documento intitulado "Carta de Triunfo". Leia abaixo na íntegra.
Carta de Triunfo

Por vários motivos, o ano e a data em que se realiza o 5º. Festival de Cinema de Triunfo são muito especiais para Pernambuco e para o Brasil.

O Cine Teatro Guarany comemora 90 anos de existência, com um lindo projetor 35mm que exibiu filmes de todo o Brasil, e o filme
Baile Perfumado completa 15 anos. Assim como esta sala, esse filme que marcou época e nele Pernambuco mostrou para o Brasil uma obra inovadora, forte e sensível, que trouxe um sopro de inovação para a linguagem e a dramaturgia, e abriu alas para uma nova geração de cineastas. Um Baile de bom cinema, hoje debutante.

No dia 07 de agosto de 2012, neste Festival de Triunfo, também comemoramos o Dia do Documentário, também data do aniversário do cineasta Olney São Paulo, seu homenageado, que deu sua vida por um cinema brasileiro critico, político e forte.

Além de 67 filmes exibidos, o Festival de Cinema de Triunfo discutiu a MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO DO CINEMA BRASILEIRO, num debate que teve como mediadora a produtora e ex-presidente da ABD-Nacional Solange Lima e como debatedores Hernani Heffener,  Conservador Chefe da Cinemateca do MAM/RJ; José Delviney,  Sec. Executivo do Patrimônio Artístico e Cultural de Brasília; Silvana Meireles, Diretora de Memória, Educação, Cultura e Arte e do Projeto Cinemateca do Nordeste da FUNDAJ  e André Gatti, pesquisador e professor titular da Fundação Alvares Penteado. Temas importantes foram levantados e debatidos como:


          1º. A importância do cinema para o Patrimônio e a Educação: que as escolas e universidades se comprometam com a preservação da nossa memória audiovisual que é a nossa identidade.
          2º. A importância do digital para a difusão dos nossos filmes e de termos um cuidado especial para que não percamos nossos arquivos, nossa memória.
        3º. A responsabilidade dos festivais para com as obras dos autores brasileiros, no sentido da preservação e difusão dos títulos em sítios que possam fazer isso.
          4º. A afirmação da Fundação Joaquim Nabuco como um órgão do Norte/Nordeste, tendo como premissa uma campanha de divulgação de sua atuação nessas duas regiões.
        5º. A necessidade de maior aproximação entre as Universidades, o Forcine, os Festivais e as entidades e a sugestão de que as aulas inaugurais dos cursos de cinema privilegiem o tema da preservação e difusão da nossa memória.

Não é por acaso que no momento que a ANCINE implanta a Lei 12.485 estamos todos juntos num festival que não só preserva a história, mas também acredita neste novo momento que vive o cinema brasileiro. Aqui se reúne um Brasil sem fronteiras, que pensa e escreve uma nova história para nossa cinematografia. Aqui estiveram presentes a Associação de Produtores de Cinema do Norte e Nordeste - APCNN, a Associação Brasileira de Documentarista e Curta-Metragista Nacional - ABD, a Federação Internacional de Cineclubes, a Coalizão Brasileira Pela Diversidade Cultural, o Conselho Nacional dos Cineclubes - CNC e a Federação Pernambucana de Cineclubes - FEPEC.

Agradecemos a Pernambuco, a Triunfo e ao seu Festival a oportunidade de estarmos juntos nesse momento tão importante, de conviver com essa bela cidade e seu povo, e o Nordeste renovar nosso compromisso de preservar, difundir e renovar sempre o cinema e o audiovisual brasileiros.
 
 
Da Assesoria.

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