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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Belo Jardim entra na era da energia solar




Um poste de iluminação pública com sete metros tem chamado a atenção dos moradores de Belo Jardim, a 187 quilômetros do Recife, no Agreste. Não pela altura, mas porque em cima dele há um painel fotovoltaico. É que a lâmpada de 40 Watts que ilumina o canteiro da Rua Primeiro de Janeiro, no bairro de São Pedro, é movida a energia solar.


“A luz é meio fraca, é verdade, mas pela economia de energia elétrica e o ganho para o meio ambiente tá valendo”, diz o marchante Antônio Acioli, sócio do frigorífico São Sebastião, localizado na frente do poste, instalado semana passada.

Trata-se de um projeto piloto. Ou seja, por enquanto a cidade só terá um único poste alimentado por fonte renovável de energia. A prefeitura diz que pretende ampliar para a rede de iluminação pública, mas não há previsão de quando.

Além de ganhos ambientais, o uso de energia solar resulta em economia nos gastos públicos. A secretária de Infraestrutura e Urbanismo de Belo Jardim, Joedna Souza, não sabe informar qual o valor pago por mês por poste de iluminação pública. “Mas, se não temos que pagar à Celpe (concessionária de energia elétrica), estamos economizando.”

Se a longo prazo o município pretende economizar, na implantação do novo poste acabou gastando mais. Enquanto um convencional, incluindo a luminária e a lâmpada, custa em torno de R$ 1.500, segundo a secretária, o de energia solar saiu por R$ 5.500.

No lugar de concreto, o poste é de ferro, para melhor adaptação do painel de células fotovoltaicas que convertem energia do Sol em eletricidade. Há, ainda, uma bateria para armazenar a energia. As lâmpadas não são fluorescentes, e sim do tipo LED (sigla em inglês para diodo emissor de luz).

Joedna lembra que o poder público municipal é responsável apenas pela iluminação de praças, jardins e canteiros. “Nas vias e praças a atribuição é da Celpe, embora quem pague a conta seja a prefeitura.” Para especialistas, iniciativas como a de Belo Jardim devem ser seguidas por outras prefeituras. “Creio que essa é uma medida acertada, visto que a iluminação interior e exterior representam 17% da energia elétrica consumida no País”, diz o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Heitor Scalambrini Neto. “Com medidas como essa, se pode economizar energia e, assim, evitar ou pelo menos postergar a construção de novas usinas.”


FONTE: JC Online

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