Foto: Memorial Luiz Gonzaga |
Luiz
Gonzaga é cada vez mais uma exceção à regra: um santo de casa que faz
milagres. Entre estes a legião de novos admiradores e seguidores que
vem arrebatando desde sua morte, há 22 anos, e o prestígio cada vez
maior. A homenagem ao Rei do Baião, nesta terça (2) no Pátio de São
Pedro, é uma pequena mostra do que acontecerá em 2012, ano do seu
centenário.
Organizada pelo Memorial Luiz Gonzaga, a homenagem
compreende uma série de eventos (com entrada franca) tanto no memorial
quanto no pátio, onde o encerramento terá a participação de
praticamente todos os grandes nomes do forró da região. “Só na missa,
que será celebrada pelo Padre Luisinho, tocarão sete sanfoneiros.
A
programação começa às 9h e não tem hora para terminar. A partir das
nove horas, o memorial estará aberto, com exposição de fotos, discos,
além de vídeos, clipes, tirados dos filmes que tiveram participação
dele. No pátio, uma seleção com cerca de 500 músicas de Gonzaga tocará
a partir de meio-dia”, diz José Mauro Alencar, gerente do memorial.
Embora grande parte das pessoas vá hoje ao Pátio de São Pedro com a
intenção de assistir aos shows, a atração mais interessante do dia será
a missa, às 18h, celebrada pelo padre Luisinho, de São José do Egito.
Ele está à frente também do ritual da Missa do Poeta, inicialmente
idealizada para o compositor Zé Marcolino, em Serra Talhada, que hoje
acontece em Tabira, no Sertão do Pajeú. A Missa do Poeta é o
equivalente à Missa do Vaqueiro, de Serrita.
Em lugar de queijo de
coalho, rapadura e farinha, durante o ofertório, na Missa do Poeta são
apresentados sanfona, zabumba, gibão e disco. “É também um missa toda
em versos, sextilhas, decassílabos, etc. Quando a missa passou para
Tabira, juntou-se um grupo de poetas e fez-se os versos. Será
distribuído, gratuitamente, um cordel com o texto completo”, continua
Mauro Alencar, ressaltando que a liturgia poderá ser acompanhada por
telões.
Alguns dos nomes que reverenciam Luiz Gonzaga hoje: Trio Nordestino,
Terezinha do Acordeom, Quinteto Violado, Santanna, Petrúcio Amorim,
Ivan Ferraz, Cristina Amaral, Fim de Feira, Camarão, Dudu do Acordeom,
Joquinha Gonzaga, Cláudio Rabeca, Raminho do Acordeom, Alcymar
Monteiro. Além destes, as presenças, mais do que ilustres, de três dos
maiores autores de forró vivos: Janduhy Finizola, Onildo Almeida e João
Silva, trinca que forneceu vários clássicos para Luiz Gonzaga.
FONTE: jconline.ne10.uol.com.br
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