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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

TRIUNFO: ÚLTIMO NOITE DA FESTA DO ESTUDANTE 2011



Divulgação

A chuva caía fininha no início da noite, mas não impediu que a Praça Carolino Campos, em Triunfo, ficasse cheia de gente disposta para conferir o último dia da 53ª Festa do Estudante, que integra a programação do Festival Pernambuco Nação Cultural Sertão do Pajeú.  Dessa vez, foi o forró que dominou a cena, reinando do primeiro ao último minuto do show, sem dar descanso pra ninguém.


Juninho e o Forró Mió, de Carnaíba, terra de um dos mais conhecidos compositores de Gonzaga Zé Dantas, apresentaram um bem produzido pé-de-serra conquistado em quinze anos de estrada, cantando em barzinhos e nas mais diversas bandas e orquestras da região. “Meu trabalho traduz nossos costumes e busca o máximo de fidelidade com as tradições do Sertão e as raízes de nosso povo. Estamos felizes em poder participar pela primeira vez do Festival, que é um evento de grande importância para os músicos do Pajeú”, coloca Juninho.


As vozes do Pajeú continuaram fazendo o povo cair no forró. Conhecida de longa data dos triunfenses, Bia Marinho mostrou um repertório inspirado no cordel e no sertanejo. A artista pontua seu show com momentos de recitais poéticos que ressaltam a figura do homem nordestino, seus amores, problemas e alegrias. Descalça a partir da segunda música, a intérprete revelou nos bastidores a razão de conduzir toda a atração dessa forma.


“Na primeira vez que eu fui me apresentar em São Paulo, no Centro de Tradições Nordestinas, comprei uma sandália de couro que me incomodava o tempo inteiro. Então não pensei duas vezes, tirei o troço do pé e passei o show todo sem calçado e, por incrível que pareça, foi muito mais confortável pra mim. Desde então, não adianta, preciso seguir o costume que já virou uma tradição e um gesto simbólico de respeito com a magia do palco”.


Foi em 1981 que a artista se descobriu cantora. Gostou e seguiu se apresentando em serestas, bailes, chegando a formar duplas musicais e fazer parte de grupos. Hoje, seu primeiro álbum, Estrada, foi inteiramente remasterizado e gravado em CD. Mas um projeto especial, ainda em fase de amadurecimento e captação de recursos, faz parte de sua trajetória paralela: a fundação da Embaixada do Pajeú em Recife. “O espaço vai buscar dar visibilidade às produções originais daqui, passando pelo artesanato, gastronomia e todo tipo de arte feita pelos habitantes da região”, detalha.


Como espaço para o que também é feito fora do estado, o evento trouxe o forró universitário do Falamansa. O coro engrossou nas canções mais conhecidas da banda, como Deixa entrar e Rindo à toa, mas também a letra fácil foi assimilada para canções do novo DVD. Coisa boa foi ensinada pelo próprio Tato, que brincou e interagiu em diversos momentos com o povo, que continuava animado e não arredava das sombrinhas e dos guarda-chuvas.


Sair da despedida de mais uma edição do evento era algo que muita gente não queria nem tão cedo. Maciel Melo tocou sucessos de ontem que até hoje repercutem nas rádios, festas e seleções de músicos de todo Brasil. E teve mais história do Forró com o Trio Nordestino. O grupo já se encontra em sua terceira formação com Beto Sousa, na sanfona, Coroneto, na zabumba, e Luiz Mário, no triângulo. Os mesmos componentes do conjunto, que caminha para seu 53º aniversário, pisaram pela primeira vez em Triunfo em 1986.


Última atração do Festival, tocou composições de Antônio Será e Lindu, autores ainda da primeira fase, além de sons que estarão presentes na gravação de seu novo DVD, ainda este ano em Salvador, com previsão de lançamento para 2012. “O fato de estarmos aqui hoje comprova a excelência do ritmo do forró, que permanece vivo no coração dos brasileiros. Por aqui já passou o Iê Iê Iê, a Bossa Nova, a Lambada, entre outros estilos, mas nossas canções jamais morrem, pois estão presentes na trilha sonora da vida de muitas pessoas”, pontuou Beto Sousa, no backstage.

FONTE: fundarpe.pe.gov.br

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