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quinta-feira, 6 de outubro de 2011
POLÍTICA: Armando defende o PT, mas não garante apoio
Considerando exacerbada a reação surgida na aliança governista à mudança do deputado Odacy Amorim do PSB para o PT, o senador Armando Monteiro entrou na discussão que cerca a disputa por espaço dentro da base, pregando a moderação. No dia em que o PTB perdeu quadros para o novato PSD, legenda que tem o aval do governador Eduardo Campos (PSB), Armando avaliou que o confronto é um teste anunciado por conta da dimensão da frente.
A dois dias do fim do prazo para filiação e troca de legenda, ele alerta que é preciso agir para que a miopia política e o açodamento não prejudiquem a convivência interna. E entende que o interesse do PT em crescer é legítimo. Sem citar nomes, deixou claro que discorda da acusação de cooptação imposta ao PT pelo PSB no caso de Odacy, ex-prefeito de Petrolina que teria migrado com o projeto de voltar a se candidatar ao Executivo daquele município.
A declaração mais enfática no episódio que incendiou as discussões na aliança, partiu do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, socialista que, assim como Armando, está na lista de possíveis candidatos à sucessão de Eduardo em 2014. Bezerra chegou a afirmar que, ao filiar um quadro do PSB, o PT estaria liberando as demais siglas para brigar pela Prefeitura do Recife em 2012.
Mas, para Armando, o PT se portou de forma leal. “Acho que se trata da liberdade das pessoas se movimentarem, de se filiar. Ninguém pode tolher isso”, argumentou. O senador discordou ainda das declarações do deputado Silvio Costa (PTB), que também viu na movimentação do PT a consequente perda de direito de cobrar unidade no Recife. O PT, há que se destacar, trabalha para manter o Executivo da capital e o prefeito João da Costa, pré-candidato à reeleição, é o primeiro da fila.
Todavia, ao ser questionado se as recorrentes críticas de petebistas à gestão municipal associadas ao fato de a legenda não integrar a base de João da Costa, eram um indicativo de que o PTB pode ter candidato próprio no Recife, Armando surpreendeu. Disse que o PTB tem grau de liberdade para pensar em várias alternativas e que a unidade será mantida “até onde for possível”. As declarações de Armando foram feitas no mesmo dia em que João da Costa, ao vistoriar obras, desviou das polêmicas sobre as turbulências na frente governista e disse governar de acordo com o interesse de 16 partidos.
FONTE: pernambuco.com
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