POLÍTICA NO INTERIOR: Trocas criam novo mapa partidário

Terminado o prazo, na sexta-feira passada, para as filiações e mudanças de domicílio eleitoral daqueles que serão candidatos no ano que vem, muitos partidos conseguiram reforçar seus quadros. Alguns sofreram prejuízos, em especial relacionados a saídas de ocupantes de mandatos eletivos - prefeitos, vereadores e deputados estaduais - ou de potenciais candidatos que optaram por outras legendas. Também houve trocas de domicílio eleitoral por parte de atores políticos. A primeira etapa dos preparativos para 2012, afinal, foi encerrada. A Folha de Pernambuco fez um balanço das principais movimentações desse período, visando o jogo eleitoral do próximo ano.


Dos 184 prefeitos pernambucanos, 25 (13,5%) trocaram de partido nas últimas duas semanas. O maior prejuízo ficou por conta do DEM, que perdeu 12 dos seus 18 gestores, todos para o recém-criado PSD. Fazem parte desta lista os prefeitos Amadeu Henrique (Jaqueira), Beto (Cachoeirinha), Eduardo Tabosa (Cumaru), Elias Lira (Vitória de Santo Antão), Flávio Lima (Toritama), Galego (Ibirajuba), José Adauto (Tacaratu), José Barbosa (São José da Coroa Grande), Lula da Capivara (Frei Miguelinho), Marcos Calado (Angelim), Pedoca (São Vicente Férrer) e Roberivam (Poção).

Deste grupo, todos votaram no ex-senador Marco Maciel (DEM) no ano passado, mas apenas Tabosa e Lira são considerados “macielistas de carteirinha”. Apesar de o PSD integrar a base do Governo Eduardo Campos (PSB), apenas Beto, Galego, Flávio, Lula e José Barbosa votaram no socialista em 2010.


A sigla pessedista, comandada em Pernambuco pelo ex-deputado federal André de Paula, ainda trouxe para suas fileiras mais sete prefeitos de outras legendas, totalizando 19, e se confirmando como a quarta sigla em número de prefeituras no Estado. O PSDB contabilizou duas baixas para o PSD: Ozano Brito (Gravatá) e Jonas Camêlo (Buíque). Os tucanos agora somam 16 gestores municipais. A nova sigla ainda filiou Carlos Cavalcanti (Afrânio), egresso do PTB, que ficou com 29 prefeituras.


A migração de Carlos Cecílio (Serrita) para o PSD foi uma das três baixas sofridas pelo PMDB, que agora comanda apenas seis municípios. A sigla do senador Jarbas Vasconcelos também perdeu Rose Garzieira (Lagoa Grande), para o PR; e Ronaldo Sampaio (Granito), para o PSB. Os socialistas ainda acolheram Antônio João Dourado (Lajedo, mas mudou o domicílio eleitoral para Garanhuns), que era do PDT. Em contrapartida, sofreram duas baixas: Gesimário Baracho (Igarassu), para o PT; e Gel de Marcos (Xexéu), para o PSD. Com isso, o partido do governador Eduardo Campos manteve 47 prefeituras. Já os pedetistas ficaram com oito comandos municipais.


O PRB perdeu os dois prefeitos que elegeu em 2008. Cleide Oliveira (Pesqueira) foi para o PR, enquanto Nininho (Parnamirim) ingressou no PSD. O quadro de gestores do PR, entretanto, não se alterou. A sigla permanece com 29 prefeituras, já que Eugênia Araújo (Betânia) também virou pessedista, enquanto Azoka Gouveia (Aliança) entrou no PT, que passou de oito para dez gestores municipais. Entre os demais quadros, não houve alterações. PCdoB e PP permanecem com quatro prefeituras cada. O PMN se mantém no controle de um município, assim como o PPS.


FONTE: folhape.com.br