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quarta-feira, 28 de março de 2012

SÃO JOÃO DE CARUARU 2012: Sem patrocínio, “drilhas” correm risco de acabar



  Reprodução: folhape.com.br

Muita gente costuma lotar as ruas para ver as apresentações no São João
 
 
 
Que as “drilhas” são a marca registrada do São João de Caruaru, isso todo mundo sabe. O que ninguém sabe é que, desde 2010, a falta de patrocínio tem afastado algumas das mais tradicionais da avenida.

Para evitar o enfraquecimento da tradição, representantes das “drilhas” participaram, no dia 12 de março passado, de uma reunião na Fundação de Cultura para expor o problema e buscar soluções. “A falta de capital para investimento tem prejudicado não só a manutenção das drilhas, mas também à Capital do forró, sede do Maior São João do país. O que eu tenho percebido é que, as empresas que antes patrocinavam as organizações festivas no São João daqui, estão migrando para Campina Grande. Potanto, estão patrocinado o São João de lá. Não sei se essa é a causa, mas a carência de empresas patrocinadoras é gritante”, especulou Valdemar Filho, representante da Trocadrilha, que há dois anos não desfila.

As “drilhas” são bloco juninos que anualmente trazem atrações de alto custo e celebridades para os camarotes, o que encarece o investimento, que é 100% privado. “Prestamos apoio com a logística a essas organizações, tanto antes quanto nos dias de desfile. Mas, diante dessa dificuldade que eles trouxeram para nós, vamos elaborar um novo formato, buscando ofertar uma festa bonita dentro de um equilíbrio econômico. No entanto, não vamos interferir no processo de busca de financiamento”, enfatizou o presidente da Fundação de Cultura e Turismo, José Pereira.

Turistas e jovens são o público-alvo das “drilhas“, que chegam a reunir mais de três mil pessoas, cada uma, dentro do cordão de isolamento, sem contar a multidão que segue os blocos. Ao todo são dez “drilhas”, contudo, no ano passado, apenas quatro desfilaram. “As famílias lotam a avenida para verem as drilhas desfilarem, é uma marca do nosso São João, e não pode acabar,” salientou a comerciante, Ana Maura Barros, de 46 anos. Mesmo em meio ao impasse, três “drilhas” já definiram suas datas de apresentação. A Novadrilha, no dia 3 de junho, a Diversãodrilha, no dia 17, e a Sapadrilha no dia 24.


FONTE: folhape.com.br


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