Reprodução: JC Online/Clemilson Campos
Chambinho faz Luiz Gonzaga jovem. Ator que fará o Rei do Baião no fim da carreira ainda é mistério
Começou neste domingo, no Recife, uma das mais aguardadas produções cinematográficas brasileiras dos últimos anos. O drama biográfico Gonzaga: de pai para filho, o quarto longa-metragem de Breno Silveira, teve sua primeira sequência rodada no Marco Zero. No finalzinho da tarde, as luzes do palco se misturaram com o azul do céu quase escuro para iluminar um show que Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, teria feito na cidade no início da década de 1950. Cerca de 60 figurantes estavam na primeira fila, vestidos com roupas de época, alpercatas e chapéus – atrás deles o casario do Bairro do Recife.
As filmagens tiveram o apoio logístico da Prefeitura do Recife e serviram como uma das atrações da abertura do Ciclo Natalino do Recife. O público que foi conferir o jovem Luiz Gonzaga vivido pelo paulista Nivaldo Expedito de Carvalho, o Chambinho do Acordeon, participou ativamente da cena. O forrozeiro, de 31 anos, cantou três músicas de Gonzagão e logo caiu nas graças da plateia. Sem precisar de ensaio, Que nem jiló, A morte do vaqueiro e Asa branca foram acompanhadas em uníssono ao mínimo gesto de Chambinho. “Eu nasci em São Paulo por acidente, mas sou nordestino de coração”, confessou emocionado, assim que saiu do palco.
Apesar de não estar com o orçamento fechado, Breno Silveira disse que o filme deverá custar cerca de R$ 10 milhões. Em fevereiro, a equipe se dirige ao Sertão do Araripe para rodar cenas da infância de Luiz Gonzaga, até a partida para o Rio de Janeiro. “As filmagens no Rio serão muito complexas porque teremos que interferir na paisagem e colocar muitos carros antigos na rua. Como todo filme de época, a produção é muita cara”, avaliou o cineasta de 2 filhos de Francisco.
Mesmo com a produção já em andamento, o diretor ainda não concluiu a escalação do elenco. “Estou quase fechando o nome do ator que vai interpretar Luiz Gonzaga na velhice. Mais um pouquinho e todo vai saber quem é”, disse em tom de suspense.
Além de resolver este problema, Breno Silveira vai aproveitar o hiato até fevereiro para finalizar o longa À beira do caminho, que tem como mote as canções de Roberto Carlos. “É um filme pequeno, bem diferente do que já fiz. Roberto já está liberando as músicas e só falta isso para ele ficar pronto. Tenho uma alma musical. Eu gostaria de me dedicar à música, mas não sei tocar nenhum instrumento”, confidenciou.
FONTE: jconline.ne10.uol.com.br
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