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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

No Recife, homenagens a Luiz Gonzaga se estendem pela semana



Reprodução da Internet
Nesta terça-feira, dia 13 dezembro, o maior símbolo da música popular nordestina, o pernambucano Luiz Gonzaga, estaria completando 99 anos. O rei do baião receberá as devidas homenagens no Recife, mais especificamente no Pátio de São Pedro,  bairro de São José. Para festejar a data, vários shows de conhecidos nomes do forró estão programados em evento a partir das 20h. Também faz parte da agenda exibição de filmes e workshops durante toda a semana.


A festa acontece anualmente para comemorar o nascimento de Luiz Gonzaga e tem como objetivo despertar na população a necessidade de se preservar a memória do maior intérprete do forró nordestino. O cantor Daniel Bueno, natural da cidade de Carnaíba, no Sertão pernambucano, escuta as músicas do Mestre Lua desde criança e é um dos que subirá ao palco. Ele trará, em cerca de 50% do seu repertório, as músicas do compositor pernambucano. “Luiz Gonzaga é o maior nome da música de Pernambuco de todos os tempos, sendo eleito a personalidade do século 20 no estado. A obra dele é uma enciclopédia de todas as coisas nordestinas, desde a seca, chuva, até a fauna, flora, dor, sofrimento e alegria”, afirma Bueno, que faz questão de destacar a importância do evento para a cidade. O cantor, que também é estudioso da obra do Rei do Baião, estará lançando o livro 'Glossário Gonzaguiano' no próximo ano, fruto de 18 meses de estudo e reunindo tudo sobre a vida e obra do compositor.


Além de Daniel, estarão marcando presença no palco nomes como Cristina Amaral, Gustavo Tiné, a banda Sopa de Aruá, além do cantor e compositor alagoano Geraldo Cardoso. Todos os artistas trarão ao público um repertório especial, focado em músicas de Gonzagão. Cristina Amaral, por exemplo, fará um pout-pourri da obra do compositor, unindo músicas que contam a história dele e do povo nordestino. A homenagem começará com a música 'Baião de São Sebastião', que fala da chegada de Gonzaga ao Rio de Janeiro e é uma das primeiras composições do autor.

 
Cristina, que é natural de Sertânia, em Pernambuco, tem uma íntima relação com Luiz Gonzaga em sua vida e obra. Desde pequena, ouvia as músicas do mestre todas as manhãs. O pai, que costumava tocar gaita e cantarolar, ligava o rádio assim que acordava. A mãe, por sua vez, adorava dançar forró. Quando tinha cinco anos, viu o ídolo pela primeira vez, em um circo de Sertânia. Hoje, ela faz questão de manter a memória de Gonzaga viva no público. “Ele foi o percussor da música nordestina. Levou a tradição e a cultura da região para o Brasil todo. Imortalizou a música e o Nordeste, como no sucesso Asa Branca, cantado por diversos artistas do país”, contou.


Também estará aberto ao público durante o evento o Memorial Luiz Gonzaga,  no Pátio de São Pedro, que preserva a memória do artista. O espaço possui um acervo formado por discos raros de 78 rotações, vinis, cds, fotos, impressos, álbuns de recortes, vídeos e arquivos de áudio em formato mp3. Além da exposição permanente, o espaço funciona como centro de pesquisa e documentação. No próximo ano, quando o Rei do Baião completaria 100 anos, grandes eventos devem tomar conta do Recife. “Será uma avalanche de homenagens, lançamentos de CDs, DVDs e livros sobre a obra do mestre Gonzaga”, promete Daniel Bueno.


FONTE: G1PE


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