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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Prefeito de Maraial fala sobre seu afastamento
Confiança e tranquilidade. Esses são os sentimentos do prefeito de Maraial, Marcos Antônio Soares (PSB), conhecido como Marquinhos Maraial, afastado do cargo pela Justiça na última terça-feira (20). De posse e dedilhando seu violão ele se defendeu das acusações feitas pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e disse que está espera a justiça divina. Apesar de aparentar estar conformando, o socialista não vê motivos para o afastamento. O argumento de Antônio Soares é de que em nenhum momento criou obstáculos às investigações do MPPE”. Sob o gestor afastado pesam as acusações de fraude em processo licitatório e gasto excessivo em dois shows artísticos no município da Zona da Mata de Pernambuco.
Para Marquinhos Maraial, além de não ter atrapalhado as investigações ele declara que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) havia aprovado suas contas de 2009, ano apontado pelo Ministério Público em que ocorreram as irregularidades. “Tudo foi feito na mais pura legalidade e transparência. Respeito muito a opinião do poder jurídico. Eles estão fazendo o seu papel e eu vou fazer o meu, que é prestar os esclarecimentos diante da lei e provar a minha inocência”, declarou. Sobre a criação da “empresa de fachada”, o ex-prefeito negou que teria feito esse esquema, mas não quis detalhar a sua defesa. “Nego, mas não quero falar sobre isso. Vou esperar o andamento do processo”, reiterou.
Apesar de se negar a falar sobre esse suposto esquema denunciado pelo Ministério Público, Maraial disse que a dispensa de licitação para a contratação da empresa que prestaria o serviço de limpeza urbana se fez necessário. Contou que a situação era de urgência e que tudo havia sido feito de acordo a lei. “O município estava cheio de lixo e a melhor alternativa era a dispensa de licitação”, explicou. Quanto a rapidez com que as ações foram feitas, seu advogado, Carlos Manoel Barbosa, falou que é algo normal e que muitos conseguem fazer em menor tempo. “A característica do processo de dispensa é a celeridade e, inclusive, está previsto lei. Você escolhe a empresa, convida e pronto”, resumiu.
Sobre os gastos excessivos com músicos, Marquinhos Maraial esclareceu que não tem culpa alguma nisso. Segundo ele, o fato dele ser cantor e compositor de forró acabou ajudando no barateamento das apresentações de junho. Já no caso dos shows de janeiro, disse que o preço era normal e a quantidade de bandas foi maior. “Tudo foi feito dentro dos princípios da moralidade. Não tenho culpa se as bandas me cobraram mais no carnaval de que no são João. Além disso, minha relação com as bandas de forró é muito intima, todos me conhecem, há 30 anos que venho fazendo música para todas as bandas de forró e artistas de pequeno e médio porte desse Brasil. Então, isso fez com que eles baixassem o preço. Sem contar que o quantitativo de festas e bandas do carnaval foi muito grande”, argumentou.
O socialista adiantou que o próximo passo é entrar com um recurso para voltar ao cargo. O ex-gestor tem até o próximo dia 5 de janeiro para apresentar sua defesa. “Estamos preparando nossa defesa e iremos dar entrada no recurso para revogar a liminar que me afastou da prefeitura”, declarou. Outra preocupação de Marquinhos Maraial é com as pessoas que acompanham seu trabalho como músico. “Mando um recado para os meus fãs: me perdoem pelo constrangimento, mas diante dos fatos tenho plena certeza que provarei minha inocência. Estou tranquilo e confio na justiça, porque Deus, o justo juiz, está no comando”, falo.
FONTE: pernambuco.com
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