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| Reprodução: nacaocultural.pe.gov.br |
O Carnaval acabou, o Galo de Cangaceiro desfilou, a Unidos da Tijuca ganhou com o enredo sobre o centenário de Luiz Lua Gonzaga. Mas e o Parque Aza Branca (se escreve com z mesmo)? Esse não sentiu nem o cheiro das comemorações. Sim. Porque este Museu do Exu, terra natal do Rei do Baião, continua sem o brilho dos festejos dos cem anos daquele que foi o maior defensor (e disseminador) da cultura sertaneja de Pernambuco e, sobretudo, nordestina. Por lá, não há patrocínio privado, nem muito menos público. Talvez porque o pequeno município (que, diga-se de passagem, também é berço de Bárbara de Alencar, a heroína da Revolução Pernambucana de 1817), não traga, politicamente falando, grandes projeções nacionais.
Prova disso foi a denúncia enviada à Folha de Pernambuco do leitor Rodrigo Augusto. Recentemente, o jovem esteve em visita ao Parque, instalado na entrada da cidade, que é distante 630 km do Recife, e fez o registro fotográfico dos problemas com as instalações do local, que funciona como um guardião do acervo de Gonzagão.
As principais dificuldades de infraestrutura estão centralizadas na casa onde viveu Gonzaga, nos últimos anos de sua vida. Por lá, são paredes rachadas, piso quebrado, teto da cozinha ameaçado a desabar. Na casa de Januário, seu pai, são os novos moradores que “pintam e bordam”: os cupins.
A reportagem entrou em contato com o secretário de Cultura do Exu, Bibi Saraiva, o qual explicou a dificuldade que tem a prefeitura municipal em realizar algum projeto de melhoria do Parque, visto que “este é de propriedade particular, de uma família de oposição à gestão municipal” (a rivalidade política no município é muito grande. O próprio Luiz Gonzaga, na década de 80, foi intitulado interventor, pelo então presidente da República, Aureliano Chaves, com o objetivo de acabar com as fortes brigas entre as famílias Sampaio e Alencar).
FONTE: folhape.com.br
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