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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

CARUARU, SANTA CRUZ & TORITAMA: Falta mão de obra para confecção




Com a aproximação do fim do ano, as pessoas que trabalham no ramo de confecções no Agreste têm trabalho extra para garantir o volume de produção demandado para a época. Seja nos fabricos ou nas facções - que finalizam as peças - sobra trabalho, mas falta mão de obra para dar conta de tanto serviço. É por isso que costureiras e arrematadeiras são disputadas a unha pelos empresários do setor.


A procura envolve não só Caruaru, mas outras cidades do entrorno do Polo de Confecções do Interior, como Santa Cruz do Capibaribe e Toritama. As vagas nesse seguimento estão em alta a partir do próximo mês e são quase uma garantia de emprego fixo.


“As costureiras simplesmente sumiram”, afirmou a empresária Valderez da Silva, de 48 anos. Dona de uma pequena fábrica de roupas, ela comentou que passou meses procurando por profissionais. “A placa ficou tanto tempo na porta que desisti e tirei”, contou. Hoje com dez funcionários, ela precisa de pelo menos outros seis para dar conta do volume de encomendas. “A minha produção aumenta em 70% nessa época, com a distribuição de mercadoria aqui no Estado e também em Aracaju e na Bahia”, comentou. A média geral no incremento da produção de quem trabalha com a fabricação de roupas na região é de 50% e o período é considerado pelos empresários como o melhor do ano, seguido pelo São João.


Outra empresária que está correndo atrás de funcionários é Licélia Lemos, 47. Dona de uma facção que casea e prega botões, ela mostrou que as peças já começaram a acumular. “Como não tem profissional, a gente se vira como pode e aumenta o horário de trabalho”, disse. Para não atrasar os pedidos, os cinco funcionários às vezes fazem uma jornada de 6h às 21h. “É muita mercadoria e a hora de ganhar dinheiro é essa”, frisou.


Pesquisas 


Como Natal e Ano Novo muita gente quer estar de roupa nova, o vestuário deve aparecer no topo das preferências de presentes, por isso a corrida contra o tempo dos fabricos no Interior. Os produtos além de ir para lojas, também são o grande atrativo das Feiras de Sulanca.


Essa é uma das perspectivas da pesquisa anual que prevê o comportamento de compra e venda para o fim do ano, realizada pela Federação do Comércio de Pernambuco (Fecomércio-PE). “Os últimos levantamentos sempre apontam o item vestuário em primeiro lugar na preferência de compras e esse ano não deve ser diferente por conta da conjuntura da região”, comentou a pesquisadora Lailze Leal.


FONTE: folhape.com.br

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