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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Uvas do São Francisco rejeitadas na Europa




A exportação de uvas para a Europa é atividade econômica forte na ci­dade de Pe­trolina, eixo do Vale do São Francisco. Após algumas safras com retornos negativos, os produtores reivindicaram auxílio para garantir a venda de um produto com padrões europeus. Essa visão despertou a necessidade de criar um grupo de assistência por parte do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep) que, semana passada, inaugurou um escritório em Roterdã, na Holanda, com profissionais e estudantes preparados para analisar o processo de produção, armazenamento e condições de transporte. O trabalho deve identificar os tipos de problemas que estariam dificultando a venda da uva.


Ao chegar na Europa, os contêineres são vistoriados por profissionais europeus. A avaliação foca na aparência da uva, no tamanho e na embalagem e, até agora, não tem acompanhamento de nenhum representante brasileiro. O produtor e proprietário do grupo Fazendas Butiá, Márcio Borba, conta que todo produtor tem histórias ruins para contar. “Enviamos uvas em perfeita qualidade e recebemos relatório dizendo que o nosso produto não é bom”, relata. A situação, frequente, tende a se extinguir com o auxílio do Itep. “O escritório na Holanda é de vital importância para a manutenção dos nossos resultados comerciais e financeiros. Uma equipe pernambucana nos deixa mais seguros e confiantes”, afirma Borba.


Entre os 12 profissionais que executam o projeto, sete são estudantes dos cursos de Agronomia e Relações Internacionais da cidade de Petrolina, treinados para trabalhar com inspeção das uvas ao longo da safra. O presidente do Itep, Frederico Montenegro, fala sobre estipulação de preço. “Critérios técnicos, antes desconhecidos, serão enumerados e repassados aos produtores. É importante que haja adequação da uva, pois assim ela obterá um valor de mercado justo”.


São exportadas, anualmente, cerca de 60 mil toneladas de uva, quantidade que pode render R$ 140 milhões, conforme informações do presidente da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortifrutigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), José Gualberto. As uvas vão para Holanda (onde há distribuição para países vizinhos), Reino Unido e Estados Unidos.


FONTE: folhape.com.br

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