Eric Gomes
Catedral de Petrolina recebe apresentações de música
Numa noite marcada pelo encontro entre o popular e o erudito, a famosa Catedral de Petrolina sediou a abertura oficial do Festival Pernambuco Nação Cultural Sertão do São Francisco, nesta segunda-feira (19), dando início às apresentações instrumentais do evento com os grupos Orquestra de Câmara Novos Talentos, Mosaico e a Philarmonica 21 de Setembro.
Para o presidente da Fundarpe, Severino Pessoa, não poderia haver melhor lugar para sediar esta edição do Nação Cultural. "Petrolina é uma cidade maravilhosa, onde todo mundo que vem, quer voltar. Nesta edição pudemos descentralizar as nossas ações, justamente para valorizar, prestigiar e fomentar a cultura tradicional das demais cidades do Sertão do São Francisco", comentou.
Segundo o coordenador geral do festival, Beto Rezende, cerca de R$ 2 milhões foram investidos no projeto, possibilitando que as ações compreendessem, além de Petrolina, mais seis municípios: Afrânio, Dormentes, Cabrobó, Orocó, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista.
"Com esse investimento, conseguimos contemplar todos os segmentos artísticos de Petrolina, o que representa uma enorme valorização da produção local. Tanto é que se você observar a programação do festival, a grande maioria dos participantes são daqui da cidade", comentou a superintendente de cultura da cidade, Roberta Duarte.
Com pouco menos de dois anos de fundação, a Orquestra de Câmara Novos Talentos, sob regência do maestro Gilson Gonzaga, abriu as apresentações musicais da noite, misturando elementos da música clássica em seu repertório quase que inteiramente composto por músicas famosas do cancioneiro popular nordestino como Asa Branca, de Luiz Gongaza. Composta por jovens da rede estadual de ensino, moradores de bairros da periferia da cidade, o projeto foi idealizado pela diretora da Fundação Nilo Coelho, Beatriz Barreto, a partir de um antigo sonho.
O Grupo Mosaico e a tradicional orquestra Philarmonicas 21 de Setembro fecharam o primeiro dia de festival. Com dois violinos, uma viola e um contrabaixo, o Mosaico foi idealizado há cerca de oito anos pelo violinista pernambucano Kallel Cavalcanti, e também conta com mais três membros: o violeiro paraibano Gustavo Nóbrega, o contrabaixista baiano João Lourenço e o caçula da equipe, o também violinista Ânderson Mateus.
Fugindo dos padrões tradicionais de apresentação de música erudita, o Mosaico gosta mesmo é de brincar. Troca o lugar dos músicos, inventa danças e até mesmo faz pausa para exercícios de alongamento entre uma música e outra, arrancando risos da plateia presente. "Somos um tipo diferente, que não segue a velha forma padrão nas apresentações. Procuramos divertir o público, mas acima de tudo, nos divertir com a nossa música", disse Kallel.
FONTE: fundarpe.pe.gov.br
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