Quando
o governo transferiu a aldeia da margem do Rio São Francisco para um
terreno pedregoso e sem água, em Itacuruba, a 466 quilômetros do Recife,
o então cacique Geraldo Cabral pensou que o megaprojeto da Represa de
Itaparica era o último ataque à história dos pankarás, índios que
resistiram, durante quatro séculos, a jesuítas, franciscanos,
capuchinhos, criadores de gado, escravagistas, cangaceiros, coronéis,
líderes messiânicos, corruptos e assentados da reforma agrária. A história se repete. Tratores amarelos, mesma cor das máquinas que derrubaram malocas antes do enchimento da reserva, em 1988, cortaram a comunidade onde vivem 65 famílias para a abertura de uma estrada estadual, construída com recursos federais. O susto maior foi quando os índios receberam a notícia de que o caminho na caatinga levaria a uma usina nuclear. O projeto de uma usina no semiárido nordestino chegou a ser anunciado no ano passado pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A ideia está engavetada, pois não convenceu setores influentes do governo e recebeu críticas pesadas de políticos e cientistas. Uma estrada, porém, começou a ser aberta na terra dos pankarás para garantir o acesso a um sítio, a 8 km das malocas, reservado para a usina. Com informações do O Estado de São Paulo. |
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segunda-feira, 16 de julho de 2012
Itacuruba: projeto de usina nuclear prejudica os indios
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