O tributo a Luiz Gonzaga apresentado no Lincoln Center, em Nova Iorque, sexta-feira 13 de julho, por Maciel Melo, Biliu de Campina, Walmir Silva e o Quarteto Olinda (patrocinado pela Empetur e produzido pela Astronave) não foi um sucesso triunfal do forró-pé-de-serra nos EUA.
Tampouco a primeira homenagem a Gonzagão no mais importante centro cultural das Américas. Em 1999, aconteceu, no mesmo local, um tributo a Luiz Gonzaga, por um grupo formado por Joquinha, Sérgio (filho de Chiquinha) e Daniel Gonzaga, mais o sanfoneiro Oswaldinho.
Agora os créditos merecidos. Os forrozeiros que participaram do animado arrastapé, o Midsummer Night Swing, numa das áreas mais nobres de NY (a alguma quadras dali fica o Dakota, o prédio onde John Lennon morava, e em cuja calçada foi assassinado), mostraram a um público de cerca de duas mil pessoas, que a música brasileira vai além dos dois Bs: bunda e bossa.
No mais foi o talento para melodias engenhosas de Maciel Melo, a autenticidade do endiabrado de Biliu de Campina, o fraseado à Jackson do Pandeiro de Walmir Silva, e o forró com sotaque pop do Quarteto Olinda (mais a azeitada banda de Maciel Melo que acompanhou os cantores).
Durante quase três horas, os americanos (a maioria da platéia) fizeram o possível para entrar no ritmo do coco, xaxado, baião, xote, marcha junina. Boa parte do público estava ali por causa do generoso, e elogioso, espaço que lhe foi dado pelo New York Times.
Duas páginas do NYT dedicadas ao evento em particular, e ao forró em geral, que vai se ajeitando aos poucos na mais cosmopolita das metrópoles do planeta.
Com informações & imagens da Coluna Toques de José Teles do Jornal do Commércio.
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