Jackson do Pandeiro é citado por nove entre dez cantores brasileiros como sua influência maior. Se brincar, até mais do que Luiz Gonzaga. No entanto, nove entre dez cantores brasileiros conhecem muito pouco a música de Jackson do Pandeiro, sobretudo se tiver menos de 40 anos. Elementar, a quase totalidade dos discos lançados pelo paraibano José Gomes Filho está fora de catálogo há anos. Disperso por várias gravadoras, alguma como Chantecler e Cantagalo já extintas, o que se tem do cantor nas lojas é coletânea, a maioria com obviedades.
Daí, pois, a importância do livro A musicalidade de Jackson do Pandeiro, do também paraibano (de Campina Grande), Inaldo Soares. A obra é basicamente um levantamento da discografia de Jackson do Pandeiro, mas se estende além do assunto, com uma biografia sucinta, fotos, matérias de jornais antigos, de revistas que traziam letras de música, quando estas ainda não vinha impressa nos encartes dos álbuns. Some-se a isso um resumo dos principais autores gravados por Jackson do Pandeiro. E aqui Inaldo faz, inclusive, algumas revelações. Por exemplo, quando na etiqueta do disco lê-se ”José Gomes”, como có-autor, por trás do nome está Almira Castilho, primeira mulher de Jackson do Pandeiro. Por sua vez, quando ao José Gomes acrescenta-se um “Filho”, trata-se do próprio Jackson do Pandeiro.
Por sinal, com Rosil Cavalcanti, Almira Castilho é a autora mais gravada por Jackson, parceira em Chiclete com banana, com o baiano Gordurinha. Na verdade, um arrumadinho, Gordurinha, ou Waldeck Artur de Macedo (1922/1969) não precisava de parceiros para criar clássicos como Súplica cearense, Vendedor de caranguejo ou Mambo da cantareira, tampouco a citada Chiclete com banana. O artifício era usado por causa das sociedades de direitos autorais. Quando cantor e compositor eram filiados a sociedades diferentes, apelava-se para um terceiro parceiro (era muito comum o compositor ceder parceria para cantor bem-sucedido, a fim de ter sua música gravada). Luiz Gonzaga procedeu assim com a mulher dele, Helena Gonzaga.
Inaldo Soares tinha este projeto quase como uma idéia fixa. Veio-lhe da infância quando escutava o programa Forró de Zé Lagoa, na Rádio Borborema, de Campina Grande. O “Zé Lagoa” era o compositor, pernambucano (de Macaparana, falecido em 1968). Amigo e parceiro de Jackson do Pandeiro, que tocava todos os dias no seu forró. Formado em engenharia, a partir de 1980, Inaldo partiu em busca da arca perdida com as músicas do ídolo. Foram 30 anos de pesquisas, mais oito para terminar o livro, que está à venda nas principais livrarias da cidade, e na loja Passa Disco. Um livro obrigatório para se conhecer a obra deste que é um das vozes-guia da música brasileira, com Orlando Silva e João Gilberto.
FONTE: jconlineblogs.ne10.uol.com.br
Reprodução/jconlineblogs.ne10.uol.com.br |
Jackson do Pandeiro é citado por nove entre dez cantores brasileiros como sua influência maior. Se brincar, até mais do que Luiz Gonzaga. No entanto, nove entre dez cantores brasileiros conhecem muito pouco a música de Jackson do Pandeiro, sobretudo se tiver menos de 40 anos. Elementar, a quase totalidade dos discos lançados pelo paraibano José Gomes Filho está fora de catálogo há anos. Disperso por várias gravadoras, alguma como Chantecler e Cantagalo já extintas, o que se tem do cantor nas lojas é coletânea, a maioria com obviedades.
Daí, pois, a importância do livro A musicalidade de Jackson do Pandeiro, do também paraibano (de Campina Grande), Inaldo Soares. A obra é basicamente um levantamento da discografia de Jackson do Pandeiro, mas se estende além do assunto, com uma biografia sucinta, fotos, matérias de jornais antigos, de revistas que traziam letras de música, quando estas ainda não vinha impressa nos encartes dos álbuns. Some-se a isso um resumo dos principais autores gravados por Jackson do Pandeiro. E aqui Inaldo faz, inclusive, algumas revelações. Por exemplo, quando na etiqueta do disco lê-se ”José Gomes”, como có-autor, por trás do nome está Almira Castilho, primeira mulher de Jackson do Pandeiro. Por sua vez, quando ao José Gomes acrescenta-se um “Filho”, trata-se do próprio Jackson do Pandeiro.
Por sinal, com Rosil Cavalcanti, Almira Castilho é a autora mais gravada por Jackson, parceira em Chiclete com banana, com o baiano Gordurinha. Na verdade, um arrumadinho, Gordurinha, ou Waldeck Artur de Macedo (1922/1969) não precisava de parceiros para criar clássicos como Súplica cearense, Vendedor de caranguejo ou Mambo da cantareira, tampouco a citada Chiclete com banana. O artifício era usado por causa das sociedades de direitos autorais. Quando cantor e compositor eram filiados a sociedades diferentes, apelava-se para um terceiro parceiro (era muito comum o compositor ceder parceria para cantor bem-sucedido, a fim de ter sua música gravada). Luiz Gonzaga procedeu assim com a mulher dele, Helena Gonzaga.
Inaldo Soares tinha este projeto quase como uma idéia fixa. Veio-lhe da infância quando escutava o programa Forró de Zé Lagoa, na Rádio Borborema, de Campina Grande. O “Zé Lagoa” era o compositor, pernambucano (de Macaparana, falecido em 1968). Amigo e parceiro de Jackson do Pandeiro, que tocava todos os dias no seu forró. Formado em engenharia, a partir de 1980, Inaldo partiu em busca da arca perdida com as músicas do ídolo. Foram 30 anos de pesquisas, mais oito para terminar o livro, que está à venda nas principais livrarias da cidade, e na loja Passa Disco. Um livro obrigatório para se conhecer a obra deste que é um das vozes-guia da música brasileira, com Orlando Silva e João Gilberto.
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